Amado costumava dizer: "é caminhando pelas ruas de Salvador que eu me sinto à vontade."
O baiano Jorge Amado era um humanista, mas não só. Foi “cavalo de santo”, era Oba Otum Arolu, uma espécie de ministro de Xangô, do candomblé Axé Opô Afonjá, de Salvador. Também era ateu e comunista de carteirinha. Paradoxal como seu país, apresentou o Brasil para brasileiros e estrangeiros. Sua extensa obra é uma audaciosa tentativa de criar personagens e histórias que interessassem principalmente aos cidadãos de seu próprio país. Escritor de romances, mas pouco dado às experiências de vanguarda na literatura, queria ser lido pela maior quantidade possível de pessoas. Segundo o poeta Antonio Risério, Jorge Amado “era um narrador à solta, muitas vezes desleixado, escrevendo de um modo oleoso e esparramado como as ondas gordas da Bahia de Todos os Santos. Era um contador de histórias, como gostava de dizer, deixando o texto escorrer à vontade, alheio às exigências de um verdadeiro artesanato lingüístico”. Jorge Amado nasceu na fazenda Auricídia, em Itabuna, na Bahia, em 10 de agosto de 1912. Passou a infância em Ilhéus, local recorrente em suas obras, onde assistiu à luta entre fazendeiros e exportadores de cacau.
Suas obras:
Obra completa Romance O país do carnaval (1931) Cacau (1933) Suor (1934) Jubiabá (1935) Mar morto (1936) Capitães da areia (1937) Terras do sem fim (1943) São Jorge dos Ilhéus (1944) Seara vermelha (1946) Os subterrâneos da liberdade (vol. 1 Ásperos tempos; vol. 2 Agonia da noite; vol. 3 A luz do túnel) (1954) Gabriela cravo e canela: crônica de uma cidade do interior (1958) A morte e a morte de Quincas Berro D’Água (1961) O capitão de longo curso (1961) Os pastores da noite (1964) Dona Flor e seus dois maridos: história moral e de amor (1966) Tenda dos milagres (1969) Tereza Batista cansada de guerra (1978) Tieta do Agreste (1977) Farda fardão camisola de dormir: fábula para acender uma esperança (1979) Tocaia grande: a face obscura (1984) O sumiço da santa: uma história de feitiçaria (1994) A descoberta da América pelos turcos (1994) entre outros..
“Gosto de escrever apenas pela manhã. Gosto de morar ora na Bahia, ora em Paris.
Meu ideal de felicidade é Zélia. Sou mais condescendente com os erros do amor".
Fonte: http://brasil.planetasaber.com/
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